Entidades do setor são parceiras essenciais de empresas focadas nas práticas sustentáveis
O conceito de ESG (Environment, Social & Governance) foi criado há duas décadas, contudo se destacou nos últimos cinco anos, por comprovar que organizações comprometidas com ações sustentáveis podem reduzir os custos de produção, mantendo a lucratividade e fortalecendo a reputação no mercado.
Desse modo, as organizações que demonstrarem maior alinhamento com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados na Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas), terão maior atenção e preferência dos investidores globais.
É importante ressaltar que 193 países, entre eles o Brasil, se comprometeram a criar políticas públicas para promover o desenvolvimento econômico nacional, erradicar a pobreza, miséria e fome, fomentar a inclusão social, sustentabilidade ambiental e instituir uma governança focada na paz e segurança da sociedade.
Com esse entendimento, atender as práticas de ESG significa que as empresas adotam um conjunto de ações para controlarem os impactos ambientais de suas operações, além de monitorarem a repercussão dos resultados e como são reconhecidos os produtos e serviços prestados para a sociedade e o planeta.
É importante esclarecer que as instituições do terceiro setor têm um papel fundamental no cumprimento das práticas sustentáveis. Por atuarem diretamente com diversos cenários de vulnerabilidade social, as entidades podem contribuir como intermediadoras entre a sociedade civil e o setor empresarial.
Dessa forma, a equipe do Instituto Genésio A. Mendes, reuniu informações relevantes para subsidiar as OSCs (Organizações da Sociedade Civil), interessadas em participar ativamente da agenda ESG. Saiba como isso é possível, no artigo a seguir.
Inicialmente é preciso esclarecer que na língua portuguesa, a sigla ESG faz referência aos seguintes critérios: Ambiental, Social e de Governança. Por meio deles, é possível avaliar como as empresas se comportam em questões que envolvam responsabilidade social e sustentabilidade.
É importante acrescentar que o termo é usado para designar empresas, cujo modelo de negócios é pautado no desenvolvimento sustentável da sociedade e do planeta. Por esses motivos, os critérios citados devem cumprir os seguintes requisitos:
Ambiental: nesse componente são observadas as estratégias implementadas para redução de poluentes, gerenciamento dos resíduos sólidos e a evolução das práticas de eficiência energética e uso racional de água.
Social: são avaliadas as iniciativas de responsabilidade social corporativa, incluindo os direitos e condições de trabalho dos funcionários e a contribuição no desenvolvimento das comunidades, diretamente afetadas pelas atividades empresariais.
Governança: nesse critério, são analisadas as funções internas da organização, com enfoque na atuação dos conselhos, políticas de remuneração da diretoria executiva e como funcionam os regulamentos e divulgação dos dados de transparência.
Nesse contexto, as organizações do terceiro setor têm uma participação relevante, já que reúnem experiência no atendimento de situações sociais, como as que são abordadas na Agenda 2030. Do mesmo modo, as OSCs podem colaborar com as organizações, pontuando quais as prioridades diretamente ligadas ao cumprimento das práticas ESG.
Do mesmo modo, as entidades têm potencial para cooperar em parceria com as empresas, por intermédio da capacitação dos funcionários, monitorando as ações sociais e ambientais, além de serem agentes fiscalizadores. Lembrando que as OSCs defendem os aspectos ambientais, sociais e de governança, portanto, sabem operacionalizar iniciativas e envolver as partes interessadas.
O trabalho desenvolvido por entidades do terceiro setor sempre foi pautado nos pilares da sustentabilidade. A melhor prova disso, são os movimentos em defesa do meio ambiente, na melhoria das condições de vida das populações mais vulneráveis ou ainda, denunciando práticas criminosas do setor industrial e empresarial.
Dessa forma, sabem como abordar diferentes públicos, e ainda, como conscientizá-los da necessidade de participarem de ações envolvendo os objetivos de ESG. Além disso, as OSCs auxiliam a colocar em prática estratégias que requerem a participação de intermediadores confiáveis.
Para se ter uma ideia do reconhecimento das entidades do terceiro setor, as Nações Unidas destacaram que as OSCs são reconhecidas por 11% dos especialistas com atuação em práticas ESG. Em contrapartida, a classificação entre governos e investidores institucionais tiveram redução de credibilidade em 10% e 12%, respectivamente.
Contudo, desenvolver e executar práticas de sustentabilidade não se limita à diminuição de dados percentuais. Para que o trabalho avance em todas as esferas é preciso “colocar a mão na massa”, algo que é efetivamente observado entre as OSCs.
Para contextualizar o campo de atuação das entidades, vamos citar cinco entidades globais, consideradas as mais eficientes nas práticas de desenvolvimento sustentável, confira:
1 – The Nature Conservancy: pioneira na defesa da conservação dos recursos naturais, a OSC atua há 69 anos, com uma meta: utilizar a estrutura de direitos de propriedades e proteções legais, para evitar a destruição de áreas verdes. Com esse entendimento, a entidade compra terrenos com paisagens naturais, para evitar que sejam desmatados para construções empresariais.
Ao longo de mais de 50 anos, a The Nature Conservancy protegeu mais de 125 milhões de acres de terras, em 80 países. Além disso, criou unidades regionais para atuarem na fiscalização e monitoramento das áreas.
2 – US Green Building Council (LEED): a entidade é liderada pelo Conselho de Construção Verde dos Estados Unidos, desenvolvendo projetos de liderança em energia e design ambiental. Desse modo, contribui para que mais organizações se adequem a eficiência energética. Conforme levantamento divulgado pela consultoria Statista, a entidade está em atividade desde 2009 e já certificou mais de 100.000 edifícios comerciais.
3 – Green Business Certification: o trabalho desenvolvido por essa OSC é focado na arquitetura paisagística, elaborando projetos de desenvolvimento territorial sustentáveis e resilientes. As colaborações já são observadas em locais como: Hong Kong, região central de Indianápolis, o Navy Pier de Chicago e o Dell Medical District em UT Austin (nos Estados Unidos).
A influência dos projetos elaborados pela entidade vai de campis corporativos até parques urbanos e avenidas com alto fluxo de veículos e pessoas. O princípio construtivo é usar uma abordagem sustentável de baixo impacto, para preservar ao máximo a natureza local.
4 – The Ocean Conservancy: reforçando que mais de 2/3 do planeta é composto por oceanos, impactados por poluição e resíduos de diferentes países. A OSC elaborou um projeto para garantir a saúde e utilização sustentável dos mares interligados.
Para conseguir resultados efetivos, a entidade criou uma iniciativa chamada Trash Free Seas que atua desde a educação ambiental até a defesa de áreas mais atingidas. Desse modo, organizou e conquistou mais de 16 milhões de voluntários que já recolheram mais de 325 milhões de quilos de lixo nas praias e decorrentes da pesca comercial.
5 – Fashion Revolution: essa OSC ficou famosa mundialmente ao lançar a provocação #WhoMadeMyClothes. O trabalho foi iniciado, logo depois da tragédia envolvendo a fábrica Dhaka em 2013. No mês de abril, o edifício que abrigava uma linha de confecção que desabou, causando a morte de 1.138 pessoas, além de deixar 2.500 gravemente feridas.
O trabalho realizado pela entidade cobra um índice de transparência de marcas e varejistas, além de promover uma campanha educativa com os consumidores para questionarem em que condições são produzidas as roupas que compram.
Como foi possível observar, o terceiro setor já é reconhecido pela defesa da sociedade em todas as esferas do ESG. Portanto, com as informações apontadas nesse conteúdo, é possível avaliar como sua entidade pode ser mais atuante, seja fiscalizando ou firmando parcerias com empresas comprometidas em promover os critérios de meio ambiente, melhoria social e governança.
Quer saber mais sobre as possibilidades de contribuir para a melhoria do planeta? Acesse nosso site e confira os serviços que prestamos às OSCs da Amurel. Nosso compromisso é transformar vidas, então junte-se à nossa causa.
Rua Padre Geraldo Spettmann
n. 63, Sala 04, Bairro Humaitá,
CEP 88704-350, Tubarão/SC.
Email: social@institutogenesio.org.br
Telefone: (48) 3199-0242
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