A conscientização do setor empresarial brasileiro sobre a importância de destinar fundos financeiros para OSC’s (Organizações da Sociedade Civil) aumentou de modo positivo nos últimos cinco anos. A informação foi divulgada pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento), na 3ª edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais e aponta detalhes relevantes.
No Brasil, existem 115 empresas que já adotaram o método de destinar parte dos recursos para apoiar instituições ou causas sociais que tenham como principal objetivo, melhorar a qualidade de vida da população. Na pesquisa, setores como: educação, pesquisa, combate à pobreza e desigualdade social são os que mais recebem doações dessa natureza.
Com esse entendimento, a elaboração de projetos sociais estruturados para instituições do 3º setor aumenta as chances de captação de recursos e atração de parcerias. Sendo assim, no artigo a seguir, você aprenderá como desenvolver um documento consistente e objetivo, de forma a atrair a atenção dos potenciais doadores.
Qual a importância dos projetos sociais para OSCs?
Inicialmente é preciso esclarecer que o trabalho realizado pelas instituições do terceiro setor se tornou essencial em todo o mundo, por contribuírem com a redução das desigualdades econômicas e sociais da população. No Brasil, existem mais de 800 mil organizações que atuam nas mais diferentes causas, procurando reduzir situações de miséria, exclusão social e degradação ao meio ambiente, por exemplo.
Para desenvolvimento e execução das atividades junto à sociedade, as OSC’s têm como principal fonte de recursos, doações de âmbito público e privado. Desse modo, precisam elaborar projetos sociais estruturados que comprovem como são efetuadas as ações, alocação dos recursos e monitoramento dos resultados alcançados.
Vale acrescentar que os dois maiores desafios das instituições são, contar com apoio financeiro constante e parcerias que possibilitem a manutenção e crescimento das atividades desempenhadas. Por isso, é fundamental que as OSC’s apresentem uma gestão eficiente e equipe qualificada na elaboração de projetos sociais.
Quais os componentes essenciais na elaboração de um projeto social?
É importante esclarecer que a elaboração de um projeto social, principalmente, focado em instituições do terceiro setor, precisa atender requisitos específicos se almeja aumentar a captação de recursos. Dessa maneira, os fatores mais relevantes e que serão avaliados pelos possíveis doadores e parceiros, são:
Conhecimento da área de atuação: se uma OSC se propõe a atender determinado segmento da sociedade, precisa ter amplo domínio da causa que defenderá, não é verdade? Sendo assim, a primeira recomendação é traçar um auto diagnóstico, respondendo a metodologias eficientes e de fácil entendimento, como a análise de SWOT: pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças que a organização está sujeita.
Em seguida, realizar um estudo sobre o público-alvo e a localidade em que presta atendimento, de modo a explicar com segurança e objetividade, quais os principais problemas verificados e como pretende modificar a situação. Se o trabalho ainda vai começar, essa etapa deve ser a primeira a ser reconhecida pelos integrantes, já que terão contato direto com os grupos sociais.
Visão geral do projeto: a elaboração de um projeto social bem estruturado compreende responder questionamentos essenciais, como: qual é o projeto e os objetivos, quem será contemplado, qual a localização da comunidade e as principais dores e como a iniciativa contribuirá para a melhoria e qualidade de vida dos envolvidos.
Além disso, o documento deve estabelecer quais os desafios e pontos de vulnerabilidade que a instituição enfrentará, antes e durante as atividades executadas. Lembrando que o monitoramento constante das ações servem para prevenir ou reduzir a ocorrência de crises ou erros durante o andamento do projeto.
Gestão da alocação de recursos: sem dúvida, é o segundo ponto mais importante de um projeto social, pois, apontará quais investimentos serão priorizados na realização do atendimento. Com esse entendimento, a gestão é essencial, tanto para equilibrar a distribuição dos proventos, quanto na fase de prestação de contas.
Lembrando que esse é um dos pontos que podem contribuir no sucesso ou fracasso de um projeto social, colocando em questionamento a honestidade do grupo de trabalho da OSC.
Comunicação e transparência: para que o projeto social de uma instituição do terceiro setor se consolide é necessária uma comunicação aberta e transparente com todos os stakeholders. Ou seja, com os voluntários, parceiros, doadores e o próprio público atendido. Ao comprovarem como o trabalho é realizado e os efeitos positivos que proporcionam a um segmento, as OSC’s conquistarão mais oportunidades, em termos de captação de recursos e reconhecimento da sociedade.
Ferramentas eficazes na estruturação de projetos sociais
Na atualidade é praticamente impossível realizar as tarefas de gestão, monitoramento e avaliação de qualquer tarefa administrativa de modo manual. Afinal o fluxo de informações é alto e precisa ser devidamente gerenciado para demonstrar que nenhum dado importante foi esquecido ou mal executado.
Dessa maneira, é importante conhecer algumas metodologias de gestão que podem ajudar a aperfeiçoar a elaboração dos projetos sociais com foco em OSC’s. O modelo mais conhecido é o Ciclo de Vida de projetos, já que padroniza as principais fases do trabalho, entre elas:
– Elaboração do documento;
– Estruturação de como será organizado e executado o trabalho;
– Desenvolvimento e acompanhamento das atividades
– Encerramento ou conclusão dos impactos apresentados (inclui avaliação, pontos de melhoria e principais conquistas).
Tão relevante quanto a primeira opção, a metodologia de Matriz Lógica é conceituada como uma ferramenta para facilitar o processo de definição, estruturação, execução e avaliação de projetos sociais. No entanto, seu diferencial é centrar esforços para orientar e qualificar as equipes no desenvolvimento e monitoramento da iniciativa proposta.
Na avaliação de pesquisadores desse método, o processo oferece uma visão mais precisa do trabalho que precisa ser realizado, bem como contribui na comunicação interna e externa do grupo de trabalho, nesse caso, as instituições do terceiro setor.
Outro processo altamente eficiente é o SMART, considerado um método inteligente para o desenvolvimento dos objetivos de um projeto social. A técnica consiste em reunir dados relativos a prazos, envolvimento da equipe, mensuração dos resultados, entre outras informações. Em outras palavras, o formato de aplicação é semelhante a um roteiro de checklist, no qual cada meta é detalhada e acompanhada, para verificar se os resultados esperados estão dando certo.
Vale acrescentar que cada letra do termo SMART apresenta uma ação, confira:
– S: do inglês, specific, indica que o estabelecimento de uma meta será possível se os aspectos forem claros e objetivos;
– M: do inglês, measurable, destaca que uma meta só é eficiente se for possível ser implementada e mensurada;
– A: do inglês, attainable, argumenta que para um objetivo ser inteligente será necessário comprovar sua aplicabilidade;
– R: do inglês, relevant, além de específico, mensurável e atingível, um projeto precisa ser relevante, ou seja, modificar positivamente um cenário diagnosticado;
– T: do inglês, time based, indica que uma meta inteligente deve ter prazos de início, desenvolvimento e fim. Afinal, o propósito é alcançar as propostas que foram determinadas.
Como foi possível observar, a elaboração de projetos sociais eficientes para OSC’s dependerá do conhecimento e comprometimento dos envolvidos. Se uma instituição está focada em ajudar a melhorar a sociedade, gerar valor e conquistar mais doadores e parceiros, deve estabelecer um plano de trabalho alinhado com as exigências do atual cenário global.
Portanto, se os responsáveis por instituições do terceiro setor desejam atingir os objetivos citados, saibam que encontrarão no Instituto Genésio A. Mendes, o melhor parceiro possível. A missão da organização é oferecer serviços e treinamentos que viabilizarão o desenvolvimento contínuo das organizações empenhadas em contribuir para um mundo mais justo.
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