Ferramenta de monitoramento da ABCR divulgou que entidades receberam R$ 474,9 milhões em doações, em 2023
A captação de recursos para entidades do terceiro setor pode ser efetivada por diversas fontes. Contudo, para obter o melhor aproveitamento dos recursos recebidos é necessário contar com uma gestão eficiente, além de ter domínio sobre os processos de elaboração de projetos e inscrições em editais.
Com esse entendimento, o artigo a seguir tem objetivo de colaborar com instituições que identificaram a necessidade de aumentar a receita mensal ou ainda, buscam se atualizar sobre as estratégias de arrecadação mais recentes, praticadas no mercado.
Por isso, continue a leitura e aprenda como impulsionar a captação de recursos da sua entidade, de modo a alavancar o atendimento da causa que defende.
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que as organizações do terceiro setor são constituídas por ONGs (Organizações Não Governamentais), nome popularizado no país para citar a sigla OSCs (Organizações da Sociedade Civil). Com esse entendimento, vale reforçar que os dois termos têm o mesmo significado.
A relevância desse movimento pode ser confirmada nos números de pesquisas oficiais, como do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O Brasil conta com 820 mil OSCs em funcionamento, distribuídas em 5.570 municípios. Os projetos desenvolvidos colaboram com 4,27% da participação do PIB (Produto Interno Bruto), com destaque para ações ligadas à saúde e à educação.
É importante acrescentar que as organizações do terceiro setor têm objetivo de defender questões específicas que prejudicam o desenvolvimento social e econômico de uma comunidade, como por exemplo: falta de acesso à educação, saúde, renda, cultura e alimentação.
Pode parecer óbvio, mas a gestão de uma entidade do terceiro setor exige trabalho, colaboradores voluntários e recursos financeiros. Por isso, a captação de fundos é determinante para a manutenção das atividades. A partir dessas informações, vale acrescentar que é possível buscar diferentes fontes de arrecadação, desde que estejam alinhadas com os objetivos da OSC.
Nesse sentido, se a meta é aumentar a arrecadação, será essencial reunir o grupo responsável, a fim de traçarem os objetivos específicos da entidade e responderem algumas questões: Quanto precisa ser captado? Qual a destinação e as prioridades de uso? Quanto tempo tem para angariar o valor necessário?
As respostas servirão de base na elaboração de um projeto para captação de fundos mais abrangente, porém assertivo. O documento pode apresentar insights de como diversificar as fontes de captação de recursos, solicitar financiamentos e ainda, ampliar a abordagem de potenciais doadores.
Por isso, vale acrescentar uma informação relevante: procure não depender de apenas uma fonte de doação. Afinal, se a empresa ou instituição pública enfrentarem alguma dificuldade financeira, as contribuições filantrópicas estão no topo da lista de cortes, que podem ser mantidos por tempo indeterminado.
Como foi possível observar, ao analisar a performance financeira da entidade e identificar os pontos de melhoria, os gestores podem criar um plano de ação que envolva apresentar o trabalho da OSC para potenciais doadores.
Em outras palavras, será necessário procurar todas as oportunidades públicas possíveis e ainda, marcar reuniões particulares para falar do projeto. Vale acrescentar que, contar com doações menores (vindas de várias fontes) garante que a entidade não fique descapitalizada do dia para noite, quando um doador único precisa suspender a remessa financeira.
Desse modo, crie uma estratégia de trabalho que inclua: planejamento, implementação, monitoramento e avaliação das atividades da OSC. Especialistas do setor reforçam que se mais de 30% do orçamento de uma entidade depende de um só doador, é necessário mudar a tática. Com esse entendimento, vamos elencar algumas possibilidades relevantes de parcerias para captação de recursos, confira:
– Doadores Institucionais;
– Doações Corporativas;
– Governo;
– Empresas Sociais;
– Ajuda Bilateral e Multilateral (Banco Mundial e setores da ONU, por exemplo).
Uma das melhores opções para as OSCs conseguirem captar recursos são os editais e leis de incentivo públicas ou privadas que apoiam o trabalho realizado pelo terceiro setor. Em primeiro lugar, porque a quantia financeira é bem mais alta do que doações individuais, além do que, algumas campanhas tem um período considerável de duração. Desse modo, são muito importantes para entidades que precisam melhorar as condições estruturais ou ampliar o atendimento ao público.
Desse modo, quanto mais elaborado for o projeto, maiores as chances de a instituição ser selecionada, já que a concorrência é alta nesses modelos de liberação de recursos. Vale acrescentar que as empresas doadoras são muito rigorosas, em relação aos documentos de regularização da entidade.
Por esses motivos, vale compartilhar dicas valiosas, que ajudarão entidades com pouca familiaridade na participação de campanhas que usam editais ou incentivos fiscais, para liberação de recursos financeiros. Acompanhe cada detalhe e deixe seu projeto com um layout mais profissional:
Siga o modelo do edital: as empresas e instituições públicas que oferecem subsídios para o terceiro setor atuam em diferentes atividades econômicas, assim como têm sistemas de gestão distintos. Portanto, evite incluir informações que não foram solicitadas, pois não serão consideradas na avaliação.
Outro ponto determinante na pontuação das OSCs concorrentes é a veracidade das informações apresentadas no projeto. Por isso, tenha muito cuidado na aferição dos dados, já que serão solicitados documentos comprobatórios na etapa de aprovação final.
Layout do projeto: outro detalhe que faz a diferença na avaliação da instituição doadora. Uma boa proposta apresenta os seguintes padrões: escrita impecável, estruturação dos assuntos e clareza na abordagem do conteúdo. Nesse sentido, evite usar linguagem passiva, jargões e muitas siglas.
Durante a leitura do documento, a banca avaliadora deve identificar os objetivos específicos da entidade, quantos e quem são os beneficiários, qual valor do recurso solicitado (em caso de financiamento) e o impacto positivo no cotidiano das pessoas assistidas.
Saiba quem é o doador: Conheça a missão, visão e valores da organização, além de projetos que já financiaram anteriormente. Do mesmo modo, avalie quais áreas de atendimento do terceiro setor foram mais beneficiadas e as ações de sustentabilidade defendidas. Com base nessas informações será possível criar uma narrativa mais impactante, principalmente se a entidade tiver posicionamentos semelhantes.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela consultoria ‘Criando Consultoria’, entre os métodos tradicionais de captação de recursos para o terceiro setor, dois se destacam: o telemarketing e os projetos com incentivos fiscais.
Contudo, a primeira opção faz sentido para entidades de médio e grande porte, já que o serviço apresenta alto custo. Por outro lado, os projetos com incentivos fiscais foram considerados campeões, quando o assunto é custo-benefício. Lembrando ainda, que existem eventos como: jantares, leilões, apadrinhamento e campanhas anuais.
No entanto, a funcionalidade do ambiente virtual modificou bastante os métodos de captação de recursos entre as entidades do terceiro setor. De certo modo, algumas opções são mais eficientes e assertivas, além de exigirem uma quantia consideravelmente reduzida de investimento (eventos presenciais, por exemplo).
A seguir citamos algumas alternativas que são tendências e outras que já se popularizaram no mercado, veja quais são:
– Cashback social: nesse modelo de doação, empresas e marcas utilizam o programa de fidelização para apoiar causas sociais. Sendo assim, o consumidor pode optar por destinar parte do valor recebido como bônus, para uma das OSCs indicadas.
– Crowdfunding: também conhecido como “Vaquinha Virtual” contribuiu positivamente na captação de recursos das entidades. O formato é utilizado em campanhas ou projetos, nos quais são mobilizados um alto número de pessoas (física ou jurídica) com valores acessíveis, facilitando a adesão.
– Sites apoiadores: no exterior, portais como Just Giving e Donately dão apoio a voluntários que desejam captar recursos para entidades do terceiro setor, usando o espaço das plataformas oficiais. Um exemplo da efetividade do projeto foi observado em uma campanha para auxiliar a Fundação Britânica do Coração.
Os internautas foram convidados a participar de um passeio de bicicleta e as informações ficaram disponíveis no site. O resultado foi o crescimento de 14% nas doações, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por último, mas não menos importante, é preciso ressaltar que as OSCs devem prezar por uma comunicação transparente. Na atualidade, existem vários canais como sites, blogs e redes sociais. Dessa forma, prestar contas dos atendimentos realizados, demonstra o compromisso da entidade com a sociedade, além de atrair novos doadores.
Se o conteúdo foi relevante para sua entidade, saiba que o Instituto Genésio A. Mendes é uma OSC com foco em auxiliar outras instituições que atuam em causas sociais. Acesse o site e conheça os serviços que prestamos à sociedade.
Rua Padre Geraldo Spettmann
n. 63, Sala 04, Bairro Humaitá,
CEP 88704-350, Tubarão/SC.
Email: social@institutogenesio.org.br
Telefone: (48) 3199-0242
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